O desempenho de uma organização é o conjunto de performances individuais de seus trabalhadores. Esta performance individualizada, por sua vez, é o conjunto de entregas e resultados do profissional para a organização (Dutra, 2004). Diversos são os modelos encontrados na literatura que buscam avaliar o desempenho global de uma organização através do seu potencial para lidar com diferentes variáveis organizacionais, como econômicas, sociais ou ambientais (Kaplan & Norton, 1997; Edvinsson, 1997; Elkington, 1998). Atualmente, novos desafios de natureza sustentável têm surgido no mercado exigindo dessas organizações diferentes abordagens para lidar com estas questões, como seria o caso de modelos educacionais e outros que buscariam mensurar a sua eficiência, eficácia e impactos gerados para a sociedade (Corrêa & Cunha, 2013; Lugobini et al., 2013; Petrini, Scherer & Back, 2016).
As instituições educacionais, embora estejam sujeitas aos mesmos princípios da administração, diferem das organizações empresariais no tocante aos propósitos que dão sentido à sua existência. Ao definir a sua missão social voltada para a educação e o desenvolvimento de pessoas como uma prestação de serviços em benefício da sociedade, passam a ter a necessidade em estabelecer metodologias de gestão, através da avaliação de resultados e prestação de contas, direcionadas mais para a dimensão social e menos para as dimensões econômica e financeira (Galvão, Corrêa & Alves, 2011; Lugobini et al., 2013).Por outro lado, as características semelhantes das instituições educacionais e empresariais através das dimensões que dizem respeito ao modo como se organizam os processos funcionais internos, a infraestrutura e relação com stakeholderssão passíveis de obtenção de melhorias no desempenho operacional, já que dependerá do quanto estas dimensões estarão estruturadas de forma integrada e darão conta de responder aos objetivos estratégicos e as demandas dos ambientes externos e internos alinhados a comunidade escolar (Galvão, Corrêa & Alves, 2011).
Embora a natureza dessas instituições públicas, providas por mantenedores municipais, estaduais e federal, possuam diferenças em termos de princípios, constituição e funcionalidade, possuem os mesmos objetivos focados na formação educacional de jovens e adolescentes, pois seguem as políticas e práticas vigentes do Ministério da Educação (MEC), através das Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394, 1996), de Decretos que regulamentam a política nacional de avaliação e exames da Educação Básica, e de programas e indicadores que visam a melhoria da qualidade educacional (Decreto 6.094, 2007; Decreto 9.432, 2018).
Assim, como forma de contribuir com melhorias nestas instituições de ensino, é necessário que instrumentos gerenciais sejam aperfeiçoados a fim de que possam atender as necessidades organizacionais dando maior efetividade a avaliação e a gestão escolar, gerando práticas sustentáveis que poderão influenciar no desempenho acadêmico institucional, na aprendizagem dos estudantes e, em última instância, no impacto social das comunidades regionais e locais (Rocha & Funchal, 2019)