Michael Arthur e Denise Rousseau (1996), introduziram o conceito de carreiras sem fronteiras, descrevendo a carreira como um percurso que não está limitado às fronteiras de uma única organização. Segundo os autores, uma carreira sem fronteiras se desenvolve em múltiplos contextos, indo além dos limites de empregadores ou indústrias.
Eles argumentam que, na era da globalização e da flexibilidade organizacional, as carreiras se tornaram mais fluidas, com indivíduos fazendo movimentos entre diferentes empresas, setores e até mesmo países. O conceito de carreira sem fronteiras reflete uma mudança significativa na maneira como entendemos as trajetórias profissionais. Com a globalização e a digitalização, tanto no cenário internacional quanto nacional; a flexibilidade, a autonomia e o aprendizado contínuo se tornaram essenciais para o sucesso na carreira. As organizações e os indivíduos precisam se adaptar a essa nova realidade para prosperar em um mercado de trabalho em constante evolução.
De acordo com Arthur, M. & Rousseau, D., o networking é um componente crucial em carreiras sem
fronteiras. As conexões e relacionamentos profissionais são essenciais para encontrar oportunidades e obter suporte no desenvolvimento de carreira. A educação e o aprimoramento contínuo são fundamentais. Profissionais em carreiras sem fronteiras buscam constantemente novas habilidades e conhecimentos para se manterem relevantes no mercado de trabalho. A carreira é vista como uma coleção de experiências diversas, em vez de um percurso linear dentro de uma única organização. Isso inclui experiências em diferentes funções, setores e até países. Habilidades adquiridas em uma área podem ser aplicadas em outra. A capacidade de transferir habilidades entre diferentes contextos é altamente valorizada.
Texto retirado do Artigo: “Carreira na Contemporaneidade: Teorias, Modelos e Conceitos” Autor: Mitio Sakai